Procuradores negam fraude em concurso do conselho tutelar, no AM

31/05/2012 06:25

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (30), no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), os procuradores afirmaram que não houve fraude no concurso para conselheiros tutelares. Uma medida administrativa judicial deverá ser movida contra o ex-coordenador dos conselhos na capital, João Furtado.

Segundo os procuradores, Furtado estaria difamando a instituição sem provas. A procuradora de Justiça da Infância e Juventude, Vânia Marques Marinho, disse que seis urnas foram impugnadas e denúncias de boca de urna estão sendo apuradas. "Eu falei que houveram seis urnas impugnadas, o que não quer dizer que houve fraude. Houve falha do mesário na confecção da ata da apuração e, por isso, as urnas não foram apuradas", ressaltou.

O procurador de justiça Públio Caio Bessa Cyrino informou que ele deverá responder por 'falsas denúncias'. "O Ministério Público vai defender a honra institucional que foi lameada por esse conselheiro que fez tais declarações infelizes", disse.

Ainda de acordo com os procuradores, durante o processo seletivo do concurso, os atuais conselheiros não apresentaram conhecimentos necessários na prova escrita. "Obviamente que se as leis se gente modificam, e o conselheiro encarregado de zelar pelos direitos da criança e adolescente não se atualiza, ele não saberá utilizar os instrumentos para promover esta defesa dos interesses da criança e do adolescente, daí a importância dessa prova", justificou a procuradora de Justiça da Infância e Juventude, Nilda Silva e Souza.

O ex-conselheiro João Furtado disse que está elaborando um documento que comprova irregularidades no processo seletivo. "A gente confirma assim um descumprimento da legislação municipal, onde diz que tem que ter cinco conselheiros titulares e cinco suplentes, e isso não sou eu quem diz, é a lei", declarou.