Pacientes esperam até seis horas por exame em hospital de Manaus

19/07/2012 06:56

Direção do hospital confirma que demanda está alta.
Unidade de saúde realiza cerca de 600 exames por mês.

 

Folha amazonica.com

 
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Hospital Universitário Francisca Mendes, na Zona Norte de Manaus (Foto: Reprodução/Ufam)
Hospital Universitário Francisca Mendes, na Zona
Norte de Manaus (Foto: Reprodução/Ufam)

Pacientes que aguardam atendimento no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), na Zona Norte de Manaus, reclamam da demora para a realização de exames de ressonância. A espera é superior a seis horas, segundo relatos. O hospital opera com apenas um equipamento.

O aposentado José da Silva Costa, de 44 anos, chegou ao hospital por volta de 8h30 para ser submetido a uma ressonância na cabeça. Até as 14h15 desta quarta-feira (18), ele ainda não havia sido atendido. "Eles falaram que o atendimento demora até 40 minutos por paciente, mas eu tenho prioridade, sou deficiência físico", disse.

 

A funcionária pública Maria de Souza Silva, de 39 anos, também aguardava na fila para receber atendimento. Ela disse ao G1 que já esperava por pelo menos três horas. "O papel de guia de exame pede para o paciente chegar com um hora de antecedência. O meu estava marcado para 11h30, cheguei 10h30, e até agora estou esperando. Tem gente que chegou 7h e agora que estão saindo daqui", contou.

O problema também foi relatado pela dona de casa Yêda Ribeiro dos Santos, de 48 anos. "Meu exame está marcado para 14h, cheguei 12h, mas o atendimento está previsto somente para 17h. Isso é um absurdo! Cheguei 12h e vou sair à noite?", reclamou.

O diretor-geral do Hospital Universitário Francisca Mendes, Pedro Elias, informou que a unidade de saúde mantém uma média de 600 exames por mês e afirmou que a demanda aumentou na unidade.

"É um fato. São exames demorados. Não muito comumente, somos a única ressonância da cidade, que em alguns casos, está funcionando. Teve dia em que realizamos exames até três horas da manhã. O parelho também atende aos pacientes internados, e alguns deles têm prioridade. Realmente o problema é a demanda", disse.

O diretor informou ainda que a unidade já iniciou processo para a compra de um novo equipamento para a realização de exames de ressonância. Ele disse que encaminhou proposta ao Ministério da Educação para a liberação de recursos.