O jogo político

05/06/2012 13:28

Por Marivaldo Silva/Folhaamazonica.com

 

A partir desta terça-feira os partidos terão apenas 25 dias para realizar suas convenções e indicar os candidatos a prefeito e vereadores.  PSD, PP, PC do B  e PMDB deverão marchar juntos e homologar em convenção o candidato ou candidata da coligação à Prefeitura de Manaus.A data deve ser 29 ou 30 de junho.

Arthur indeciso

O PSDB ainda discute a conveniência ou não de o ex-senador Arthur Neto disputar a prefeitura de Manaus. Se a conclusão for a de que Arthur queimaria cartuchos importantes e comprometeria seu projeto politico para 2014, quando abre uma vaga no Senado, o partido pode repensar os  nomes de Paulo de Carli ou Plinio Valério.

 

Arthur gostou da pesquisa que mandou realizar e na qual o seu nome aparece com destaque,mas sabe que disputaria a prefeitura em condições desfavoráveis. O retorno ao Senado em 2014 também não é uma garantia.  Por isso tem discutido com aliados qual a melhor estratégia:  entrar na disputa  ou lançar um nome, sem deixar de ocupar o espaço no horário eletoral, para marcar posição  junto ao eleitorado.

Alfredo apostará fichas em Henrique

O senador Alfredo Nascimento (PR) é o mais preocupado com a eleição municipal. Ele mesmo gostaria de ser o candidato, mas pesquisa realizada para consumo interno revela que o eleitorado esqueceu os seis anos que passou na prefeitura e ainda o relaciona aos escândalos do governo Dilma.

 

Pela primeira vez em muitos anos, o futuro político de Alfredo, cujo mandato como senador encerra em 2014, está diretamente relacionado ao desempenho de uma terceira pessoa: o deputado Henrique Oliveira, pré - candidato pelo PR à prefeitura de Manaus.

 

Alfredo sabe que para sonhar com reeleição em 2014 precisa passar por uma reconstrução da sua identidade e da empatia que tinha com o eleitorado. Esse processo de " refazimento" da sua imagem como homenm público depende de uma vitória de Henrique.
 
Estratégia de Amazonino

A estratégia do prefeito Amazonino Mendes é fortalecer sua presença política nos grandes colégios eleitorais do interior. Em Itacoatiara, Tefé, Coari, Maués e Manacapuru as alianças estão praticamente encaminhadas.  Algumas situações são interessantes. Em Manacapuru, Angelus Figueira do PV, que é inimigo histórico de Braga (PMDB), terá no palanque Omar (PSD), Amazonino (PDT) e Arthur (PSDB). Em Coari a história se repetiria com Raimundo Magalhães.

 Fuxico da candinha

Diante das constantes  denúncias contra a administração do prefeito Amazonino Mendes, o vereador Wilton Lira lamentou recorrendo a um termo usado no período da Jovem Guarda. “O prefeito se esforça  para resolver o problema da água, e agora vêm as candinhas fazer fuxico”. Ele defende também o pagamento de taxa de água pelos donos de poços artesianos. “O Distrito Industrial tem, sim, que pagar água nessa cidade”.

Encher os camburões

A vereadora Socorro Sampaio (PP), presidente da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Manaus, descobriu que o problema da falta de água em Manaus é tão antigo quanto a expressão que usou para dizer que é vergonhoso ver homens e mulheres com “latas d’água na cabeça para encher os camburões de madrugada”. Parece que a comissão que ela preside não está muito ativa.

 

Já o vereador Mário Frota (PSDB) atribui a falta do líquido nas zonas norte e leste da cidade ao fato de nunca ter morado, nessas regiões, nenhum governador ou prefeito. Simples assim.

Quem desdenha...

Diz o vereador Elias Emanuel (PSB) que o prefeito Amazonino Mendes “é engraçado. Fala mal do Proama, e o coloca no novo contrato com a Manaus Ambiental.” O prefeito pode até ser engraçado, mas a população que não tem água nas torneiras é um problema dos mais sérios.

Cuba e pesca

Mesmo muito preocupada com XX Convenção de Solidariedade a Cuba, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) está satisfeita com o ‘aceno’ que, segundo a senadora, o Ministério da Pesca deu no sentido de que pode liberar R$ 1,1 milhão para o Amazonas.

Falta madeira

O deputado Orlando Cidade não entende a dificuldade para os órgãos ambientais liberarem os 102 mil metros cúbicos de madeira resultante da derrubada para a abertura do Linhão de Tucuruí, enquanto muitos ribeirinhos enfrentam a enchente “sem uma tábua para levantar uma maromba”. Ele sugere que pelos 15 mil metros cúbicos sejam liberados para atender a demanda do SOS Enchente