Nova paralisação de rodoviários de Manaus é descartada, diz sindicat

17/04/2012 10:25

Josildo Oliveira, ex-presidente do sindicato, nega nova greve de ônibus.
Paralisação que ocorreu no dia 10 de abril afetou mais de 1 milhão.

 

Marivaldo Silva

 
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Paralisação afeta mais de 1 milhão de pessoas (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)
Paralisação afetou mais de 1 milhão de pessoas
 

A suspeita de uma nova paralisação da categoria dos rodoviários, que aconteceria na terça-feira (17), está descartada. Quem garante é o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, o cobrador Francisco Bezerra.

“Estou conversando com a categoria, e explicando que todos que participarem de movimentos podem ser penalizados, e até arcar com os prejuízos com o próprio salário. Temos que reivindicar os nossos direitos por meios legais", disse.

O ex-presidente do sindicato, Josildo Oliveira, também descartou a possibilidade de uma nova paralisação. "Da minha parte não haverá uma greve. Muitos afirmaram que fui eu quem comandou a paralisação da terça-feira passada (10) e ainda chegaram a espalhar boatos de que estaria comandando uma nova greve amanhã”, declarou o ex-dirigente.

A última paralisação, que aconteceu no dia 10 de abril, atingiu todas as zonas da cidade e afetou mais de um milhão de pessoas em Manaus, deixando paralisada quase 100% da frota de ônibus.

Em reunião convocada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na sexta-feira (13), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), uma comissão de negociação representante dos rodoviários e as empresas envolvidas na paralisação do transporte coletivo em Manaus assinaram um acordo. No termo, os empresários se comprometem a atender as exigências feitas pelos trabalhadores. Os rodoviários, caso tenham as exigências atendidas, descartam novas paralisações ou manifestações.

Possível Catraca Livre

Um dos acordos feito na audiência da sexta-feira, foi o de não demitir nenhum funcionário. Mas o motorista Gabriel Marques, disse que no mesmo dia ele e outro funcionário foram demitidos pela empresa em que trabalham. "Isso provocou uma revolta dos motoristas, porque foi uma demissão irregular. Vamos nos reunir nesta terça com representantes da empresa para tentar reverter a situação. Caso a gente não volte para empresa, os motoristas vão fazer uma nova manifestação".

Gabriel afirmou ainda que a nova manifestação não envolverá paralização, e sim entrada livre nos veículos. "Vamos fazer uma espécie de catraca livre, e vamos informar antes à população o dia, a hora e a rota que estará no movimento. Vamos fazer o possível para fazer desta manifestação algo dentro das leis".

O atual presidente do Sindicato, disse ser contra essa espécie de manifestação, e que se ela acontecer não será com a participação do Sindicato. "Esse tipo de comportamento é irresponsável. Coloca o emprego de motoristas em jogos por interesses políticos dos que mobilizam ese tipo de manifestação", declarou.