Mortalidade materna registra queda de 33% no Amazonas

11/07/2012 07:44

Houve queda de 23 casos de 2010 para 2011, segundo dados da FVS/AM.
Realização do pré-natal ajuda a evitar a mortalidade materna.

 

Por Marivaldo Silva / Folhaamazonica.com

 
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Consultas de pré-natal crescem 125% em seis anos no Brasil (Foto: esta foto é ilustrativa; crédito: Eve Morcrette / Photononstop via AFP)
Pré-natal ajuda no combate à mortalidade materna
 

O Amazonas registrou queda de 33% no índice de mortalidade materna entre o período de 2010 e 2011. Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM), em 2010 foram 69 óbitos, e no ano seguinte, foram registrados 46 casos.

Para a assessora de Auditoria e Supervisão da FVS, Osminda Loblein, a redução se deve ao aumento no número de mulheres que estão realizando pré-natal e na melhora na qualidade de notificações de vigilância em óbitos no Amazonas.

Além das causas associadas à gravidez, ao parto e ao puerpério (infecção pós-parto e hemorragias), existem os fatores de risco que aumentam a vulnerabilidade das mulheres de morrerem por morte materna, tais como desinformação ou má compreensão, em razão da baixa escolaridade, desnutrição, baixa renda, discriminação racial, ausência de amparo familiar ou de companheiro, exposição à violência doméstica e a falta do pré-natal.

Loblein também alerta para a importância da prevenção e da qualidade do serviço de saúde prestados à sociedade que em muitos casos podem ser fundamentais. “Fazer os exames do pré-natal corretamente, qualificar os profissionais de saúde, e oferecer um atendimento digno com condições estruturais básicas são elementos de suma importância para a saúde da mãe e do feto”, explicou.

Para o diretor presidente da FVS, Bernardino Albuquerque a redução representa que os esforços e trabalhos de vigilância em óbitos realizados pelo governo do Estado estão sendo excelentes instrumentos de prevenção. “As ações de prevenção e de assistência à saúde materna fetal contribuem significativamente para a melhoria da qualidade dos serviços de atendimento materno”, enfatizou o diretor.

Morte materna é causada por complicações durante a gestação ou até 42 dias após o fim da gravidez, quando provocada por problemas de saúde como hipertensão, desprendimento prematuro da placenta ou doenças preexistentes, se agravadas pela gravidez.