Um interno morreu na recepção do Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (29), após dois internos tomarem um monitor do presídio como refém. De acordo com os peritos, o rapaz foi vítima de arma branca.
A Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seas), responsável pelo Centro, informou que o interno cumpria pena há três meses por tráfico de drogas.
Segundo ele, as imagens do presídio indicam que o interno foi morto na cela. "A vítima dividia a cela com dois outros internos que, pouco antes do crime, tomaram um monitor como refém. Para interferir na ação deles, um policial da guarda externa disparou um tiro para cima e pediu para que eles soltassem o refém. Eles se assustaram e voltaram para a cela. Depois disso, a vítima, que durante a ação dos outros dois permaneceu na cela, saiu correndo em direção à recepção e caiu morto", disse.
De acordo com a pasta, os peritos confirmaram que a causa da morte foi uma perfuração em cima do abdômen da vítima, feita com uma arma branca produzida por algum interno. "Pode ter sido um cabo de vassoura quebrado, ou uma escova de dentes com uma extremidade amolada, enfim, alguma espécie de estaca".
O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e o 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP) assumiu as investigações do caso. Os dois internos que começaram a movimentação no presídio serão interrogados nesta quarta-feira (30).
A Seas acionou o coordenador da comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dr. Epitáfio Leite, sobre o caso e ele está acompanhando o trabalho da polícia, da secretaria e dos peritos. A família do interno já foi comunicada e, a partir desta quarta, será aberto um inquérito administrativo que vai correr junto com o inquérito policial do 10º DIP.
