Ex-policial militar nega envolvimento em homicídio do Caso Wallace

28/06/2012 23:00

Tranquilo durante depoimento, Moa negou todas as acusações.
Ele alega ter se aproximado de Wallace para conseguir apoio para projeto.

 

Por marivaldo Silva/Folhaamazonica.com

 
Comente agora
Ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa surpreendeu público presentes durante depoimento (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa surpreendeu público presente durante depoimento (Foto: Reprodução/TV Amazonas)

O ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, conhecido como 'Moa', depôs na tarde desta quinta-feira (28) no julgamento que apura a morte de um suposto traficante em janeiro de 2007. Ele é acusado de ser um dos autores do crime, ao lado do filho do ex-deputado Wallace Souza, Raphael Souza, e do motorista Mário Rubens Nunes Silva, o “Mário Pequeno”.

 

 Durante o depoimento, Moa se mostrou tranquilo e negou todas as acusações. Ele disse que só conhecia Raphael das vezes que o mesmo entregou as doações feitas por Wallace Souza à sua academia. Em depoimento, ele afirmou que o ex-deputado, chegou a doar por 5 meses consecutivos, R$ 500 para a compra de equipamentos da academia que ele mantinha.

Auditório ficou lotado para acompanhar depoimento de 'Moa' (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Auditório ficou lotado para acompanhar depoimento de 'Moa' (Foto: Reprodução/TV Amazonas)

Ao ser perguntado sobre o grau de intimidade que tinha com a família Souza baseado em uma famosa foto em que o réu aparece na piscina da casa de Wallace, Moa disse que naquela oportunidade, foi até a casa do ex-deputado comemorar a aprovação em um exame de faixa conquistado em uma modalidade esportiva que pratica.

Ex-deputado Wallace Souza  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ex-deputado Wallace Souza faleceu em 2010
(Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com o depoimento do réu, o interesse dele era conseguir mais apoio do político para seu projeto social. Ainda segundo Moa, as duas pistolas encontradas na casa onde morava não eram de Raphael Souza. Ele disse também, que no primeiro depoimento foi coagido para mentir.

Ainda não há previsão para o fim do julgamento. Durante toda a noite desta quinta, ocorre o debate entre defesa e acusação, onde os 3 promotores, que têm cada um, em média, 2h30m para falar apresentam provas de acusação. Em seguida, a defesa entra em ação e caso a juíza entenda necessário, haverá réplica e tréplica.