Concurso da Semsa tem provas canceladas, diz Prefeitura de Manaus Provas realizadas no período da manhã não foram afetadas. 75 mil fizeram a prova da Secretaria de Saúde neste domingo.

27/05/2012 18:35

Por Marivaldo Silva

 

As provas do concurso da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que seriam realizadas na tarde deste domingo (27) para os cargos de níveis superior e fundamental, foram canceladas. A informação foi confirmada pelo secretário Municipal de Administração da Prefeitura (Semad), José Assunção, no começo da tarde.

O secretário afirmou que foram apontadas falhas técnicas na elaboração das questões. "A empresa organizadora do concurso [Cetro] detectou problemas na provas e pediu que fossem canceladas para não causar prejuízos aos candidatos", disse.

Ainda segundo Assunção, os exames realizados durante a manhã deste domingo para os cargos de nível médio não foram afetados. "As provas da manhã não foram canceladas", garantiu. "Amanhã [segunda-feira] faremos uma reunião para apurar os problemas", disse.

Muitos candidatos ficaram revoltados com o cancelamento dos exames. Na Escola Estadual Francelina Assis Dantas, no Bairro Alvorada II, participantes ameaçavam quebrar o portão da instituição como protesto. Charlie dos Santos Vasconcelos, de 37 anos, que concorria ao cargo de motorista, disse que houve muita confusão no local. "Todos ficaram revoltados. A prova vazou em todos os colégios", afirmou. A Polícia Militar (PM) foi acionada para conter a situação.

Uma candidata à vaga de cirurgiã dentista, que não quis ter o nome divulgado, disse que houve falta de informação por parte dos organizadores do concurso que trabalhavam na Escola Ulbra, no bairro Japiim, Zona Sul da Capital. "Todo mundo ficou do lado de fora da escola sem nenhuma informação, falta de respeito com os candidatos", disse.

Muita confusão também foi registrada no Colégio Gilberto Mestrinho, no bairro Educandos, ainda Zona Sul. Diversos candidatos de outros estados que vieram a Manaus para a realização do exame foram a 1º DIP registrar ocorrência contra a Prefeitura.

Em nota, a Prefeitura de Manaus informou que data, horário e locais dos novos exames serão divulgados nos próximos dias e que nesta segunda-feira, a Semad fornecerá "detalhes sobre os motivos que levaram à suspensão do concurso, ao mesmo tempo em que dará orientação aos candidatos acerca dos procedimentos a serem adotados".

Candidatos em frente da instituição em manifestação (Foto: Ana Graziela Maia/G1)
Candidatos em frente à instituição no Centro
 

Atraso chega confusão
Os problemas na realização do concurso começaram durante a manhã na aplicação das provas de nível médio. Candidatos de 11 salas da Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro), na Avenida Constantino Nery, receberam as provas com cerca de uma hora de atraso. A polícia Militar esteve no local para conter a situação.

Segundo o auxiliar de almoxarifado, Wilson Ferreira, as provas, segundo edital, tinham o horário de início para 8h, mas as turmas dos 5º, 6º e 7 º receberam as provas depois das 9 horas. "Pelo atraso, muitos candidatos iniciaram uma manifestação. Alguns candidatos afirmaram terem visto uma das fiscais no corredor com um malote de provas aberto. Tudo foi filmado e fotografado", afirmou.

Candidatos em frente a delegacia em reunião sobre as medidas a serem tomadas (Foto: Ana Graziela Maia/G1)
Candidatos registraram Boletim de Ocorrência no12º DIP

Cerca de 400 candidatos registraram Boletim de Ocorrência (B.O) no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Na delegacia, eles foram orientados a formalizar denúncia na Defensoria Pública do Amazonas e no Ministério Público do Amazonas.

De acordo com o secretário de Administração, o atraso ocorreu devido a um problema de logística. Segundo ele, as provas acabaram sendo levadas para uma outra escola por engano. Ele disse ainda que os malotes dos exames estavam lacrados e não abertos como afirmaram os candidatos. "Vamos estabelecer que na próxima semana esses candidatos façam a prova. Vamos conversar com eles para que não tenhamos nenhum candidato prejudicado.", disse.