Ásia e Europa denunciam protecionismo e temem por crescimento econômico mundial

06/11/2012 19:38

Por Marivaldo Silva // Folhaamazonica.com Manaus AM

 

Funcionários de alto escalão dos dois continentes constataram que "o crescimento mundial se desacelerou".

Vientiane - Líderes políticos de Ásia e Europa se comprometeram nesta terça-feira (6) a combater toda forma de protecionismo e advertiram sobre as "incertezas" que pesam sobre o crescimento mundial, no segundo e último dia de uma reunião no Laos.

Funcionários de alto escalão dos dois continentes constataram que "o crescimento mundial se desacelerou e há a persistência de incertezas substanciais", que ameaçam pesar nos dois blocos, de acordo com declarações da presidência do encontro.

Os representantes disseram esperar que a economia europeia seja restabelecida progressivamente e felicitaram as medidas tomadas pela União Europeia (UE) e seus Estados membros para tratar o problema.

Na reunião celebrada em Vientián, capital de Laos, a UE se esforçou para convencer as economias asiáticas de que sua crise da dívida está sob controle e pediu a seus sócios para que façam mais para contribuir para o crescimento.

Várias vozes, em especial do lado europeu, pediram para que sejam evitadas medidas protecionistas e que, pelo contrário, sejam promovidos intercâmbios comerciais entre os dois blocos, cada vez mais interdependentes.

"A UE está sem dúvida do lado dos que querem um comércio mais aberto; pensamos que essa é a forma de avançar", disse em uma coletiva de imprensa o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

"Uma parte do crescimento asiático é também resultado da abertura do mercado na Europa, pois somos o principal destino dos produtos asiáticos", declarou.

Segundo o ministro espanhol de Assuntos Exteriores, José Manuel García Margallo, o pior que pode ser feito é a adoção de medidas protecionistas. "Precisamos, pelo contrário, acelerar a marcha para firmar mais acordos comercias entre ambos os blocos", afirmou.

Ao mesmo tempo, em Madri, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que não deixaria de pedir um resgate global para aliviar as pressões sobre a dívida soberana de seu país, mas deu a entender que essa questão não será resolvida este ano.