Artur Neto aponta prioridades na fase inicial à frente da Prefeitura de Manaus
Prefeito eleito acredita em parcerias com Omar Azziz e Dilma Rousseff.
Chefe do executivo divulga e-mail para possíveis contratação de técnicos.
Eleito prefeito de Manaus com 65,95% dos votos válidos, Artur Neto (PSDB) falou ao G1 nesta segunda (29) as prioridades no início da gestão à frente da Prefeitura de Manaus. Além disso, o ex-senador falou sobre escolha do secretariado e como pretender dialogar com governos estadual e federal para angariar recursos para capital amazonense.
Embora não tenha definido a equipe de secretários municipais, Artur Neto nomeou o economista Rodemarck Castelo Branco para comandar a transição com atual gestão da Prefeitura de Manaus, que deve ser iniciada no dia 20 de novembro. Antes dessa etapa, no dia 10, mais quatro nomes da equipe de transição serão divulgados.
O tucano afirmou que o perfil do secretariado será técnico, apesar de fazer uma ressalva quanto à necessidade do governo ter sensibilidade política. "A equipe de secretários só será definida depois do Natal. Vou segurar firmemente essa informação porque vai garantir a paz no meu início de governo. Vamos manter as secretarias que são necessárias, já outras serão extintas após análise criteriosa", afirmou.
Nos primeiros 100 dias, o novo prefeito planeja realizar uma reforma administrativa na Prefeitura de Manaus. Entretanto, Artur Neto assegurou que não haverá demissões no funcionalismo e sim realocação de servidores para quadros onde possa ser feito o aproveitamento pleno. O tucano divulgou que vau continuar recebendo currículos para possíveis contratações em cargos comissionados através do e-mail: arthurvirgilio2@hotmail.com.
"Quero aproveitar os bons cérebros, sem perguntar que partido pertence manauenses ou pessoas que moram aqui. Vou cobrar apenas lealdade ao projeto de governo. Depois quando tivermos que contratar faremos através de concurso público", destacou.
Prioridades
No período inicial de sua gestão, o novo chefe do executivo pretende priorizar serviços e problemas que impactam diretamente no cotidiano da população. Diante disso, Artur Neto disse irá propor ao atual prefeito Amazonino Mendes que sejam feitos esforços finais nas questões de limpezas de rua e igarapés, objetivando comprometimento das ações no período chuvoso, com início para o mês de novembro.
"Sem dúvida, vamos priorizar a operação tapa-buracos nas ruas. Se dependesse de mim, o prefeito Amazonino faria esse grande esforço final nesse serviço e na limpeza das vias, pois ele ainda pega o final do verão e eu pegarei o início do inverno. Mas faz parte do nosso programa de 100 dias solucionar os problemas dos buracos, a retirada do lixo dos igarapés e as medidas imediatas de engenharia de trânsito de Manaus, que mesmo sendo paliativas podem funcionar", explicou Artur Neto.
Omar e Dilma
Além do dinheiro obtido a partir de redução de custos, o novo prefeito de Manaus pretende articular investimentos através do governo federal e estadual. Mesmo em grupos e partidos políticos adversários durante a campanha eleitoral, Artur Neto afirma estar otimista em conseguir parcerias com o governador do Amazonas, Omar Aziz, e a presidente da República, Dilma Rousseff.
O primeiro encontro do tucano após o pleito com o governador, previsto para ocorrer nesta terça-feira (30), foi adiado em virtude de compromissos pessoais do prefeito em Brasília.
"Minha relação com Omar Aziz será o melhor possível, como é no plano pessoal. Em um gesto gentil e correto, ele me telefonou, em plena entrevista coletiva, para parabenizar pela vitória e disse que estava a disposição para conversarmos. Eu creio que faremos uma boa parceria com a proposta de ação conjunta, otimizando a possibilidade de resolver problemas da cidade", avaliou Artur, acrescentando que acredita que não terá dificuldades em conseguir recursos para Manaus com a presidente Dilma.
Além da presidente, Artur Neto buscará se reunir com parlamentares e bancada do Amazonas no Senado. "Dilma sempre foi muito respeitosa e simpática comigo. Ela estava informada e sabia das pesquisas quando esteve em Manaus para apoiar a senadora Vanessa Grazziotin, não a condeno por isso. Mas nós temos senadores lá [Brasília] para quê? Eduardo Braga, líder do governo, vai se recusar a me levar a presidente da República? É uma obrigação dele endossar os pleitos competentes, justos e lúcidos que levarei, em prol do povo que elegeu todos nós", enfatizou.
O chefe do executivo nos próximos quatro anos informou também que pretende tentar obter recursos internacionais, propondo programas em parceria com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) e Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
